Encontrámos os restantes elementos da imprensa num dos mais antigos hotéis de Seattle, o Mayflower Hotel. De lá seguimos para a fábrica de Renton nos arredores de Seattle onde desde 1940 forma produzidos diversos aviões da produtora norte-americana. Desta fábrica saíram, por exemplo, mais de 1000 unidades do Boeing 757 até este modelo ter sido descontinuado em 2004. Actualmente, esta fábrica é responsável pelo programa B737NG onde fomos recebidos pelo Director de Comunicação para os programas 737, 747, 767, 777 e 787. Durante cerca de 2h de briefings para a imprensa vários responsáveis da Boeing apresentaram a estratégia de médio e longo prazo da empresa.
Mas o ponto alto da visita estava reservado para a apresentação a cargo da vice-presidente responsável pelo programa Boeing 737. Desde o final da década de 90 foram introduzidas alterações profundas nos processos de produção que culminaram com uma melhoria de 12 dias no tempo de montagem de um novo B737. Tivemos a oportunidade de visitar a totalidade da linha de montagem com explicações detalhadas de cada fase do processo, num gigantesco hangar onde entram as fuselagens vindas do Texas e de onde 10 dias depois saem totalmente montado um novo Boeing 737! Nos dois hangares paralelos cabem em simultâneo 16 unidades numa linha que vai avançando cerca de 6% por dia. Uma última posição é destinada às visitas dos clientes compradores, como podemos verificar com um novíssimo B737-800 destinado a ser entregue em breve à Ryanair.
Vista panorâmica da linha de montagem da família 737
Aproximadamente, cinco dias após a saída da linha de montagem, os novos B737 voam para o Boeing Field em Seattle, a cerca de 9 nm, para a preparação final que inclui a pintura da fuselagem. Um detalhe interessante que nos foi referido pela nossa anfitriã foi o facto de apenas as superfícies de controle serem pintadas com as cores do cliente na fábrica de Renton, já que a ausência do peso da tinta iria alterar as características aerodinâmicas da aeronave. Este facto pode ser observado nas fotos, pelo rudder pintado em todos os aviões na linha de montagem. É de facto impressionante constatar que actualmente um B373NG é produzido e está pronto para o primeiro voo em apenas 15 dias!As instalações estão pensadas para o conforto dos funcionários que trabalham 24/24 nestas instalações, com muita luz natural e uma magnifica vista para o enorme lago Washington.
Durante a tarde o programa incluía tempo livre que aproveitámos para conhecer a região de Seattle. As primeiras impressões são muito boas. Começamos a perceber a razão pelo qual o estado de Washington é conhecido como o “Evergreen State”. Um dos pontos de passagem obrigatória é sem dúvida a Space Needle, uma torre de 184 m de altura que oferece aos visitantes uma extraordinária vista de 360º sobre a cidade e arredores, com montanhas cobertas de neve em fundo.
No meio da cidade o pequeno lago Union tem uma base de hidroaviões de onde opera a maior companhia regular do mundo a operar este tipo de aeronaves, a Kenmore Air. De Seattle existem voos de hidroavião para pequenas cidades da região, incluindo para voos para o Canadá.
Seguimos para o centro, para a zona do porto onde o pitoresco “Public Market Center” atrai muitos turistas, para ver enormes peixes serem arremessados entre vendedores o que oferece um espectáculo invulgar.
Para o serão estava programada uma festa oferecida pela Boeing, para a imprensa que amanhã irá assistir ao lançamento do novo B777F, a versão carga deste bem sucedido modelo da Boeing. Um serão agradável passado com repórteres das principais publicações mundiais ligadas à aviação: Flight International, Aviation Week e a Avion Revue. Igualmente várias publicações financeiras irão estar connosco amanhã no lançamento do novo cargueiro, como é o caso da Blommberg, Financial Times e o Wall Street Journal.
Amanhã teremos mais histórias para contar em directo daqui de Seattle. Até lá!
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